domingo, 6 de fevereiro de 2011

NO TEMPO DO CAICÓ ARCAICO

Já dizia nosso Chico César "Ah! Caicó arcaico..." . Olha que isso já faz um bom tempo e, infelizmente, o arcaico lidera até hoje em nosso Seridó.

Seridó esse que já foi berço de grandes acontecimentos que nos orgulhavam, como as grandes produções de algodão(Terra do algodão mocó), melhor carne de sol do Brasil, exemplo de desenvolvimento crescimento econômico , educacional entre outros que ficaram no passado.

Hoje continuamos grandes. Mas grandes em outras verdades: na desvalorização do povo caicoense, crescendo em descaso à saúde e educação, na não valorização dos seus profissionais. Lideramos o crescimento decrescente a cada ano das cidades em desenvolvimento no RN. Somos lideres nos discursos da política "sebosa", da palhaçada no circo armado da Câmara Municipal, onde realmente se aprovam as leis do "benefício próprio". E as leis do povo?Gente! Acordem! Nossa carne de sol continua a mesma? Nosso setor de boné continua o mesmo? Nossa saúde? Nossa Educação? As oportunidades de novos empregos? Ninguém lembra mais da história do setor industrial para nossa cidade?Cadê?

Caicó vai deixar de ser arcaico quando? Parece que vai demorar. Pois enquanto "os coronéis" continuarem no poder e povo não tomar, realmente, consciência de sua tamanha responsabilidade e importância. Parece-me que essa letra do meu caro Chico César estará sempre atualizada, infelizmente, para nós caicoenses.

Poderia hoje estar relatando minha grande satisfação em morar na cidade de “Fé e Alegria” que exporta a melhor carne de sol, o melhor algodão mocó, os melhores bonés, o melhores bordados, artesanatos, culinária, artistas, escritores, educadores, médicos... para o Brasil e o mundo. Que temos a melhor saúde do estado, somos referencia em valorização profissional e cultural, no cumprimento das leis. Realmente uma cidade que democraticamente cresce. Mas a realidade é outra, e me pergunto até quando? Estamos perdidos no tempo e espaço. Em um espaço que é para poucos e em um tempo que não é o nosso.

Daniele de Moura

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